terça-feira, 3 de outubro de 2017

Empresários confessam que a reforma trabalhista foi construída para cortar salários e reduzir direitos

Fonte: CSB
O jornal Folha de S.Paulo divulgou nesta terça-feira (03) matéria sobre o encontro de empresários na Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos, na última semana, em Nova York (leia aqui). Segundo a reportagem, empresários, investidores, advogados, consultores e representantes do setor bancário saíram um tanto frustrados” do evento. Isso porque tais representantes se sentiram “prejudicados” com a reforma trabalhista promovida pelo governo do presidente Michel Temer.

Numa das lamentações citadas pela Folha, um empresário afirma categoricamente: “Então quer dizer que ainda não vamos poder reduzir salários? Isso é a coisa mais anticapitalista que existe”, declarou Terry Boyland, da empresa de tecnologia CPQI.

Outra “catástrofe” citada pelos representantes é a dificuldade que as empresas terão para terceirizar seus funcionários no Brasil mesmo com a reforma trabalhista. Em seu texto, a Folha de S.Paulo diz claramente que “empresários (…) imaginavam poder terceirizar funcionários da forma como quisessem, reduzir salários e driblar processos trabalhistas, mas viram que não será o mar de rosas que vislumbravam com a ‘maior reforma do setor em 50 anos’”. Gustavo Salgado, executivo do banco japonês Sumitomo Mitsui, ainda completou: “Esse é um ponto crítico que falhou”.

Tais declarações representam a confissão de empresários e do sistema financeiro de que a reforma trabalhista foi construída para diminuir salários, extinguir direitos e restringir o trabalho dos sindicatos, enfraquecendo, consequentemente, a proteção dos trabalhadores. Este último objetivo é diretamente corroborado por John Gontijo, representante da empresa de consultoria tributária Farkouh, Furman & Faccio. De acordo com a Folha, “ele afirma que o grande avanço da reforma trabalhista passa por diminuir o poder dos sindicatos e tornar flexível as relações de patrão e empregado”.

Diante deste cenário, é vital que o movimento sindical continue organizado para barrar as tentativas de cortes dos direitos trabalhistas consolidados. Para a CSB, a responsabilidade aumenta a partir do momento em que forças reacionárias da elite empresarial tentam a todo custo cercear direitos e explorar os trabalhadores.

“Os exploradores são insaciáveis quando o assunto é lucro e açoitar a classe operária. Mas somos fortes o suficiente para aumentar nossa mobilização em todo o País, seja no corpo a corpo ou no embate jurídico para mostrar a todos que se eles querem acabar com os sindicatos e transformar os trabalhadores em escravos, nós estamos aqui para dizer não”, disse o presidente da Central, Antonio Neto.

A CSB permanece mobilizada

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